segunda-feira, 7 de maio de 2012

Vida estrangeira no Brasil

Quando ainda era estudante e vislumbrava o dia a dia em redações de jornal, deparei-me com uma situação inusitada: morar em uma república onde a maioria dos residentes não era de brasileiros. Pois é. 1984, começo de curso em  Campinas. Um amigo, de São Caetano do Sul, cidade onde estudara antes, estava em Campinas já fazia bom tempo, encontrou-me e fez convite para morar na casa dele.

Aceitei, pois niguém conhecia em Campinas. Eis que houve momento em que eu e meu amigo Júnior éramos minoria na república: dois contra quatro rapazes do Panamá. Sim, Panamá, não Paraná. Estudavam na Universidade Estadual de Campinas em diversos cursos. Procuravam ficar juntos, pois seria mias fácil a vida em outro país.

Apesar de ser minoria, o período foi fantástico. A troca de ideias por causa das culturas diferentes fez-me crescer muito. Muito mesmo! Trocávamos ideias sobre política, esportes, músicas. Enfim, sobre tudo, até mesmo expressões de palavrões. E como se não bastasse, poucos meses antes do final de 1984, eu fiquei como único brasileiro, pois meu amigo foi para outra casa. Assim, terminei o ano a conhecer o espanhol até que de forma legal. Ainda guardo alguns amigos de lá.


                                             in memória de Aquiles, que morou junto e já se foi

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