sexta-feira, 27 de abril de 2012

O telefone e as linhas derrubadas

Existem momentos da profissão que são difíceis de serem esquecidos. Um deles, com certeza, é a briga por linhas telefônicas em jornal onde trabalhava no começo dos anos 1990. Havia cinco ou seis linhas, apenas. E ainda por cima, as ligações tinham, quando para fora da cidade de Campinas, precisavam ser completadas pela telefonista.

Desta forma, é inimaginável para quem não trabalha em um jornal ter ideia do que é a tensão e correria quando o dia vai findando, os minutos passando, e a chefia a cobrar os resultados do serviço. Ainda mais quando se precisa de um telefonema. E no período em questão não havia celulares.

Pois bem, neste cenário, o uso das cinco ou seis linhas telefônicas no jornal se tratavam de uma verdadeira batalhan naqueles tempos. Não era para menos. Os aparelhos tinham algumas teclas que, quando acesas, mostravam que a linha estava em uso. Assim, para se ter uma chance de obter a linha, o que por vezes não se fazia.

Gritava-se para um colega, que estava no fone e ocupava a linha. Quando ele olhava para quem o chamava, apertava-se a tecla, derrubava-se a linha dele, que era tomada pela pessoa que o chamara antes, para distrair. Quantas e quantas destas ações não presenciei. Se usei o expediente? Fica para o leitor imaginar e decidir...

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