segunda-feira, 23 de abril de 2012

Angela, a felicidade em pessoa

Uma só alegria. Assim era Angela. Plantonista no 1º Distrito Policial de Campinas, no Bairro Botafogo, nos anos 1990, ela, toda serelepe, estava sempre de bem com a vida. Mesmo quando as 18 horas de plantão tinham sido daquelas horrrendas, com vários flagrantes, pessoas que brigavam na delegacia por causa da demora de atendimento e até mesmo pessoas envolvidas em ocorrências que tentavam se pegar mesmo dentro do DP.

Para a Angela, que tinha o cargo de oficial administrativa no governo estadual e poderia estar em serviço em qualquer órgão, não tinha problemas. Relaxava, atendia as pessoas, acalmava os mais afoitos, oferecia café e até pão com manteiga (margarina, acho...) para quem estava naquele lugar, sempre cheio e recheado de más histórias.

Magrinha, cerca de 1,65 metro, morena clara, cabelos curtos, Angela não media esforços para prestar um bom serviço. Até já pela manhã, quando estava em trabalho desde 18 horas do dia anterior, ela ainda era capaz de sorrir e ajudar os repórteres, fosse contando histórias da noite ou mesmo a chamar os policiais que porventura ainda estivessem na delegacia e participado dos casos, para fornecer detalhes.

Mas chegou um período em que o governo estadual fez uma reestruturação e Angela deixou o 1º DP. Infelizmente. Foi mandada para trabalhar na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Depois disto, eu a vi por umas três vezes. Somente anos depois, sem a vir, soube que havia morrido. Doença grave que a acometeu e a levou rapidamente, com seu sorrido, para lado de Deus. Saudade que ficou...

                                                                   em memória da Angela, sempre feliz e bem com a vida

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