quarta-feira, 11 de abril de 2012

As fichinhas de orelhão e as corridas

Por vezes o tempo passa e a gente nem se dá conta direito de tantas transformações. Foi o que reparei nesta semana, mais precisamente na terça-feira (10/4/2012). Em uma rede social, vi as imagens de duas fichas telefônicas, daquelas usadas para ligações em orelhões - tanto nacionais quanto para o exterior. Foi quando um colega de profissão, pela rede social, lembrou-me de quantas fichas eu já não tinha usado para fazer coberturas policiais.

Pois é. Respondi a ele sobre a verdade que ele tinha escrito. Para juntar "provas", lembrei-lhe sobre rebeliões em penitenciárias de Hortolândia, ao lado de Campinas, S. Paulo. Quantos motins não cobri e em que  tive de correr do local onde havia a revolta para achar um orelhão e passar novidades para os chefes. Existia em Hortolândia um presídio chamado Casa de Detenção, que depois viria a se chamar Penitenciária 3 (P-3).

Pois é, em determinada data, motim em andamento, saí a correr da Casa de Detenção para o orelhão. Onde ele ficava. A cerca de 800 metros, na frente na P-2, outra unidade. Parece brincadeira, mas é real. Uma prova de meia distância - risos - de 800 metros. Só faltavam as barreiras oficiais para eu pular, pois os obstáculos existiam: policiais militares armados e que ao te ver correndo podiam pensar que você era um preso fugitivo, viaturas que formavam barreiras, agentes penitenciários espalhados pelos locais, colegas jornalistas.

Enfim, um batalhão que era preciso vencer. E não foi apenas uma vez que vivenciei isto. Atualmente os repórteres tês telefones celulares, laptops, tablets. Uma gama de instrumentos que ajudam no trabalho. Mas não se pode esquecer de tempos atrás, até o começo da primeira década dos anos 2000.

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