segunda-feira, 16 de abril de 2012

'Dançando na Chuva'

Janeiro de 1993. Este mês jamais esqueço. Tinha, fazia pouco tempo, sido retirado da cobertura de Esportes e passado para Cidades, especialmente, já, Polícia. Mas entrava às 13h ou 14h. Assim, ficava até muito tarde na redação. Foi exatamente neste mês que enfrentei o maior número de casos de chuvas que cobri na carreira.

Todo final de tarde, entre o final de dezembro de 92 e janeiro de 93, era a mesma coisa: temporais. Por vezes, até eram dois, intercalados por período pouco mais quente. Houve uma data em que, já pelas 22h, prestes a ir embora, veio a notícia: estouro de um cano de água em bairro da região Oeste de Campinas. Restou-me ir para o carro, com o fotógrafo, e rumar para os jardins Rossim e Florence 1, pois o encanamento danificado ficava nesta região.

Foi uma tristeza ao chegar no local. A água jorrava alto, por causa da pressão. A chuva eraa forte. Como fazer? Era preciso olhar de perto do estrago, que ficava sobre uma ponte, inteiramente enlameada. Um, dois, três, quatro, fui... A água escorria, esfriava o corpo, detonava o bloquinho que tinha em mãos. Parecia cena de filme. Lembrei-me do "Dançando na Chuva". Aliás, estava eu mesmo 'dançando' na chuva, mas metaforicamente falando. Voltei para a redação, escrevi texto e fui embora. Inteiramente molhado. Mas houve outros dias ainda neste janeiro de 1993.

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