quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Preso Margarina: certeza para fuga

Lá pela segunda metade dos anos 1990 havia três cadeias junto a delegacias da cidade de Campinas (SP). Verdadeiros depósitos de presos, uma vez que sempre a capacidade era muito estourada. Onde devia ter 24, ficavam 200. E daí por diante. Assim, rotina era ter planos de fuga. Até se dizia que fugir "era um direito do preso".

 Em certa ocasião, na cadeia do 5ºDP (Jardim Amazonas), uma fuga deu certo, mas pela metade. Mas o que deu errado? Calcularam mal o buraco da cela para dar acesso à área externa e um dos presos, "mais gordinho", ficou entalado na "televisão" - como os presos chamavam os buracos feitos nas paredes.

Com o acontecimento inesperado, que saiu primeiro, fugiu; quem ficou para depois do "fofinho", dançou. Após este "entalamento", nos planos de fuga os presos adotaram a tática de se passar margarina nos corpos para evitar que alguém ficasse enroscado nos buracos. E mais: os gordinhos, se não eram chefes, ficavam por último.

Nenhum comentário:

Postar um comentário