segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Advogado defende dupla e é roubado

Todas as profissões têm seus momentos de glória e mais penosos. Mas a gente sempre espera o melhor, é claro. Campinas, Estado de São Paulo, uma madrugada da primeira década do século 21. Dois homens são presos pela Polícia Militar; um deles está armado. Os dois, que confirmam ser amigos, são levados para o 1º Distrito Policial, no bairro Botafogo.

Apresentados ao delegado de plantão, veem que serão autuados por porte ilegal de arma. Como de praxe, são informados que se querem que alguém seja avisado, como parente e advogado. Eles não têm defensor, mas logo aparece um. Daqueles advogados que rondam delegacias e estão sempre à procura in loco de clientes.

Os homens aceitam que ele os defenda, mas existe um problema: não estão com dinheiro para pagar a fiança e o trabalho a ser exercido por aquele profissional. Aí vem a solução: o advogado e os dois acusados resolvem se ajudar: o advogado paga a fiança e os homens vão até a casa de um deles para apanhar dinheiro e efetuar o pagamento para o defensor.

O advogado paga, então, a fiança estipulada e os homens são colocados em liberdade. Na escadaria do 1º DP, outro obste: moravam longe e perguntaram se o advogado os poderia levar, para adiantar o negócio. Como já tinha desembolsado um dinheiro, o defensor colocar os clientes em seu carro a fim de buscar o pagamento pela fiança e por seu serviço.

Pouco tempo depois, surge o advogado na delegacia para dar queixa de um crime. Seu carro tinha sido roubado. Quem o assaltara? Os homens que naquela madrugada havia defendido. O advogado ficou sem o dinheiro da fiança, sem o pagamento pelo serviço e recuperou o carro, mas com danos. Foi uma madrugada que este advogado, com certeza, ainda quer tirar de sua memória...

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