quarta-feira, 19 de abril de 2017

Onde as ruas não têm nomes

Já vivenciava fazia um bom tempo as coberturas policiais em Campinas. Conhecia de forma legal os bairros dos quatro cantos da cidade a tal ponto de quando chegava um motorista novo na empresa, ele era designado para "fazer a ronda" comigo. Pois eu poderia dar uns toques por conhecer vários caminhos. E não somente em Campinas, mas cidades próximas, como Hortolândia, Sumaré e Monte Mor.

Mas eis que a partir da segunda metade dos anos 1990 Campinas passa a ter um novo desenho. Surgem muitas comunidades, chamadas invasões ou ocupações (como a mídia preferia). Com estes pontos mais recentes, a vida no dia a dia das ruas também foi modificado. Assim, já ocorriam crimes que eram em áreas antes inabitáveis.

Desta forma, houve uma drástica alteração no dia a dia. Casos aconteciam em locais que nomes, por vezes, que eram os mesmos de bairros já existentes, só que de outro lado da cidade. Foi quando se começou a rodar mais e mais, mesmo por não ter GPS naquele tempo. Campituba, Parque Oziel, Jardim Santo Antônio, Eldorado dos Carajás, DIC 5 de Março.... E mais e mais locais. Com o passar do tempo, descobri serem invasões "onde as ruas não tinham nomes" - lembrando uma música do grupo U2.

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