quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

E a lojinha fechou, minha amiga

"É hora de abrir a lojinha". "Tá na hora de fechar a lojinha". Desta forma, Maria Helena começava e terminava seus dias de serviço em delegacias de Campinas. Era o jeito de dizer que estava no momento de abrir ou fechar sua sala. Sempre com sorriso no rosto, a brincar com os colegas, amigos. Sem tempo ruim. Havia momentos bons. E momentos bons. Sem mau humor na "lojinha".

Escrivã com vários anos na profissão, ela já passara por diversas delegacias de Campinas. A experiência que ganhos nesses anos, procurava passar para os mais novos. E a ajudar os amigos, fossem policiais ou não. Inclusive jornalistas. Sempre com uma história inusitada para relatar, por mais atarefada que estivesse, parava suas atividades para dar atenção. Convidar para um café. Fazer uma brincadeira.

Porém, como no universo nem tudo são bons momentos, em uma madrugada de janeiro de 2015, o coração de Maria Helena parou. Ainda jovem, internada por dias com suspeitas de dengue, inicialmente, liberada do hospital e de novo internada, ela nos deixou. A partir daquela manhã, a "lojinha não pôde ser mais aberta". Restaram as lembranças dos bons papos, do sorriso dela, das brincadeiras, além de uma foto, tirada pouco antes  do Natal de 2014, com outros amigos, pouco menos de um mês de nos deixar. Saudades, amiga, sempre saudades.

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